sutilezas
...Sou toda coração... Brisa feliz... Tormenta... Orquídea em árvore feia... E sendo orquídea despetalo sob a tempestade pra então florescer na primavera... "Metade de mim é amor e a outra metade, também."
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
do inferno ao céu
sábado, 26 de maio de 2012
suspiro
uníssona.
cruel.
descansa sua cabeça descalça de amarras e compromissos ao lado.
velada, a noite longa ecoa calmamente,
entre ponteiros e gotas de fel.
não ouve não pensa não transcende...
ressente.
se é que me entende:
é armadilha a solidão a dois.
entre paredes mudas,
gota a gota mina em olhos rasos e lindos...
brota no seio uma dor,
bem no meio.
qual lago raso, sereno, casa e ninho de serpente,
no pranto da pele fria e carente,
sua imagem pálida ofende.
os goles quentes de ausência amanhecida,
prenúncio de medo do silêncio da alma,
calada, gelada, mal amada e esquecida
em cima do travesseiro amassado e do avesso.
gêmea ouvi do vento.
mas ele se foi sem rastro.
e do lado nem retrato nem lastro.
um sonho não dormido e não vivido,
que um dia quase foi.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Sol
A flor da pele te trago em mim
Tatuada está, o que tenho de mais profundo
Minha moradia, o meu fim
És meus dias, minha razão, meu mundo
A melhor para falar do amor
A melhor para cantar a vida
Para curar minha ferida, ardida
E todas as partidas... meu ar
A flor da pele o meu Sol, Maior
Profundo demais
Sensível demais
Ah meu amor, minha paz
Quem pode não ver se lágrimas transbordam
Minha lida é linda música tema
Quem pode não ver se vale tanto a pena
A música é minha vida, meu poema
É o sol, sol maior, só
Só você entende, me rende
Me tem
Quem pode não ver se é tão difícil agüentar
A vida só é vivida com inspiração
Quem pode não ver e não se entregar
As notas vibram no meu coração em doce refrão
Tão grande, tão forte
qual norte da minha vida
tal cura na cifra e no tom
Meu som, meu dom
de dó em dó, de sol em sol
Sol Maior, estou só
(LA SI DO RE MI...)
Meu farol, meu cais
Amor infinito, imortal
Contigo nunca é ponto final
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
em seus olhos então...
segunda-feira, 4 de julho de 2011
ser ator
Fugiu o sono...
Os pensamentos se misturaram e viraram um filme.
De repente se concretizam alguns sentimentos e me perco olhando o reflexo no retrovisor.
Ser vencedor é a arte de superar e não desistir. Mas ser ator, ser artista, é a mais clara materialização dessa arte: ouvir "nãosssss".
Às vezes cansa... E nem podemos assumir.
Por muito menos nos fariam desistir.
Eu tenho medo e me sinto sozinha nos meus ideais. Incompreendida. Desvalorizada. Mas não é prudente assumir nem para mim mesma.
Tenho disciplina e organização para dar conta do sonho e da vida real.
A inflação voltou a subir sabia?
Nunca vou para cama tarde, não como muito, não fumo, leio bastante, vou ao teatro, me dedico a tudo com seriedade e uma pitada de loucura.
Loucura mesmo, é não acreditar.
Eu não escolhi agir, atuar. O palco me escolheu.
Sou tantas que só caibo em mim se souber que posso trocar as vestes e a maquiagem.
Carrego sementes murchas para um plantio certo. Mas e a colheita?
A única certeza é que tenho um caminho. E isso é tudo. O resto são dúvidas.
Só não posso duvidar de mim mesma.
Não me dou o direito.
Ser ator é isso. Acreditar!
Mesmo que o personagem não seja crível eu preciso defendê-lo. Mesmo se pagamos para estar nos palcos das escolas, mesmo se não cobramos para trabalhar no fim de semana, mesmo se a platéia não vem, mesmo quando se faz 3 testes por dia e o resultado não passa de 1 trabalho por mês, mesmo quando o salto quebra na hora errada, mesmo quando te julgam mal, quando você é o contra-regra, o figurinista, o produtor... Carregar e montar cenários cansa...
Mas cansa muito mais a aridez e a morbidez do sonho adormecido.
É preciso repousar o corpo e a alma.
E renovar as esperanças dia após dia.
E mesmo quando me falta a coragem eu repito: "brilho nos olhos!"...
Se pensarmos muito não damos um passo.
Então eu sigo. E sigo. E sigo. Incansável.
Eu não tenho plano B.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
verão glacial
...risca o vento em velocidade estelar
antes do temporal regressar
nas asas frágeis de uma borboleta invisível
visito seu beijo ligeiro
de pouso em pouso
em um verão glacial
tão longe e ausente
que só me restam sonhos etéreos
onde estou a distancia de um abraço
lapido em meu peito letras inéditas
nos lábios desenho falas ensaiadas
imagino não o que é
mas como seria
mais que a passagem da lua
ser de verdade sua...
primavera
Sonhos de um tempo perdido, esquecido
Amanhecido em cores e sons
Um tom, um dom matinal
Doce café com fé com cheiro de chuva e
Arte por toda parte
De amor em rima e prosa, perfume de vela
Em meio a flor de primavera...