quarta-feira, 8 de agosto de 2012

do inferno ao céu


do céu ao inferno


ao bel prazer gotas inebriantes
dominam o teu ser
mutilam minha alma
que passeia serena e calma
disforme de dor
tragas em cada gole seco
sombras de lucidez que esvaem
pingam e rugem sofridas
nos ecos das vozes perdidas
últimos raios de lua fria
banham pranto meu
tirando sono seu
ou não
brincando de amor cruel
gela e treme a carne
qual frio profundo e hirto
sangra derrama e arde
sem pudor se despede
nem doçura nem nada
dessa vez
outra vez
e de novo
só loucura
assim então pela última vez
fissura fina
na pele esquelética e alva
transcende calma
e se salva.

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