quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

verão glacial

...risca o vento em velocidade estelar

antes do temporal regressar

nas asas frágeis de uma borboleta invisível

visito seu beijo ligeiro

de pouso em pouso

em um verão glacial

tão longe e ausente

que só me restam sonhos etéreos

onde estou a distancia de um abraço

lapido em meu peito letras inéditas

nos lábios desenho falas ensaiadas

imagino não o que é

mas como seria

mais que a passagem da lua

ser de verdade sua...


primavera

Sonhos de um tempo perdido, esquecido
Amanhecido em cores e sons
Um tom, um dom matinal
Doce café com fé com cheiro de chuva e
Arte por toda parte
De amor em rima e prosa, perfume de vela
Em meio a flor de primavera...

só sou... só

tão rock and roll... e às vezes só sou... silêncio lento sereno... leio e releio o avesso da pálpebra... atravesso o riff... amo e não cesso... te peço o regresso... espontâneo... onírico... etéreo... transbordo... cheiro de infinito... devoro improviso lúdico... que faz o tempo girar sem sair do lugar.


um mar azul de paixões profundas... encerra lágrima turva... lenta... brisa gélida... transborda... ardente inverno rigoroso... veleja água salgada e calma qual infinito lago... que esconde vida e tempestades submersas.


laços que não desfaço... fatos, meros retratos... que retardo a esquecer... lamento por meu querer... suspiro minha saudade... nas asas do amanhecer.